Trabalho X Coletivo: Uma proposta que dá resultado


No EDUCANDÁRIO CONHECER, o papel do educador compete em criar um meio capaz de satisfazer as necessidades básicas da criança, apoiando-se nos conhecimentos nascidos da vivência diária com elas, respeitando-as tal como são, com suas tendências próprias e compreendendo o condicionamento de suas personalidades em decorrência do meio familiar e social.
Conquistamos a confiança da criança, estabelecendo, entre os dois, um clima de segurança e recíproca doação, permitindo, dia a dia, que a criança se torne ela própria. A isso chamamos de atmosfera Freinet. Nossos educadores são conscientes de que o sentimento de sucesso é indispensável à criança para que esta possa progredir. A existência de uma motivação verdadeira é muito importante, principalmente nos momentos em que a criança se torna acessível às novas atividades, como a leitura, a escrita e a iniciação ao raciocínio lógico-matemático. São nesses períodos sensíveis que o educador deve estar atento e disponível, pois as crianças podem ir muito mais longe do que as previsões. E é assim na Escola Educandário Conhecer. Como dizia Freinet:

“Educar não é uma fórmula de escola, mas uma obra de vida.”

Dislexia: uma síndrome ainda pouco conhecida


Como descobrir uma criança disléxica?

A dislexia é uma síndrome pouco conhecida e pouco diagnosticada por pais e por educadores – especialmente pedagogos e médicos – que se voltam ao desenvolvimento cognitivo das crianças na Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio).
A dislexia é uma perturbação ou transtorno na leitura. A criança disléxica é um mau leitor: é capaz de ler, mas não é capaz de entender o que lê de maneira eficiente. À primeira vista, o que nos chama a atenção é que uma criança disléxica é inteligente, habilidosa em tarefas manuais, mas apresenta um quadro de dificuldade de leitura que persiste da Educação Infantil ao Ensino Superior.
Uma estimativa, por baixo, é de que, no Brasil, pelo menos 15 milhões de crianças e jovens sofram de distúrbios de letras. Creio que a dislexia é a maior causa do baixo rendimento escolar brasileiro.

Dislexia e fracasso escolar
A linguagem é fundamental para o sucesso escolar. Ela está presente em todas as disciplinas e todos os professores são potencialmente professores de linguagem, porque utilizam a língua materna como instrumento de transmissão de informações. Muitas vezes uma dificuldade na aprendizagem da Matemática está mais relacionada à compreensão do enunciado do que ao processo operatório da solução do problema. Os disléxicos, em geral, sofrem também de discalculia – dificuldade de calcular – porque encontram dificuldade de compreender os enunciados das questões.
Por isso é necessário que o diagnóstico da dislexia seja precoce. Já nos primeiros anos da Educação Infantil, pais e educadores devem se preocupar em encontrar indícios de dislexia em crianças de 4 a 5 anos aparentemente normais. Quando não se diagnostica a dislexia ainda na Educação Infantil, os distúrbios de letras podem levar crianças de 8 a 9 anos – já no Ensino Fundamental, portanto – a apresentar perturbações de ordem emocional, afetiva e lingüística. Uma criança disléxica encontra dificuldade para ler e as frustrações acumuladas podem conduzir a comportamentos anti-sociais, à agressividade e a uma situação de marginalização progressiva.
Pais, professores e educadores devem estar atentos a dois importantes indicadores para o diagnóstico precoce da dislexia: a história pessoal do aluno e as suas manifestações lingüísticas nas aulas de leitura e escrita.
Quando os professores se deparam com crianças inteligentes, saudáveis, mas com dificuldade de ler e entender o que leram, devem investigar imediatamente se há existência de casos de dislexia na família. Em geral, a história pessoal de um disléxico traz traços comuns, como o atraso na aquisição da linguagem, atrasos na locomoção e problemas de dominância lateral. O histórico de dificuldades na família e na escola poderá ser de grande utilidade para profissionais como psicólogos, psicopedagogos e neuropsicólogos que atuam no processo de reeducação lingüística das crianças disléxicas.

Os sinais do problema
No plano da linguagem, os disléxicos fazem confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia, como "a-o", "h-n" e "e-d". As crianças disléxicas escrevem com letra muito defeituosa, de desenho irregular, o que denota perda de concentração e de fluidez no raciocínio.
As crianças disléxicas confundem letras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço, como "b-d", "d-p", "b-q", "d-b", "d-q", "n-u" e "a-e". A dificuldade pode acontecer ainda com letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos sons são acusticamente próximos, como "d-t" e "c-q".
Na lista de dificuldades dos disléxicos, para o diagnóstico precoce dos distúrbios de letras, educadores, professores e pais devem ficar atentos para as inversões de sílabas ou palavras como "sol-los", "som-mos", bem como para a adição ou omissão de sons como "casa-casaco", repetição de sílabas, salto de linhas e soletração defeituosa de palavras.
Por fim, com os novos recursos da sociedade informática, pais e educadores devem redobrar os cuidados. O mau uso do computador, por exemplo, pode levar a criança a ter algum distúrbio de letras. Até agora, não há estudos científicos sobre o assunto, mas relatos de pais e professores revelam que posições pouco ergonômicas diante do computador podem comprometer o sistema perceptivo da criança, levando à dificuldade de leitura e escrita.
Outra hipótese ainda, que o transporte inadequado de mochilas também pode comprometer o sistema perceptivo das crianças, de modo a embaraçar sua visão na hora de ler ou escrever.

A Escola dos Sonhos


A escola dos sonhos, ao contrário do que se pensava,não é aquela onde o silêncio imperava, as carteiras se enfileiravam, as moscas eram ouvidas.
Não é aquela onde muros altos escondiam (e ainda escondem) os horizontes do mundo, as cores,as flores, a vida.
Não é aquela que pune através da avaliação, retenção, e malfada talentos ao fracasso.
Não é aquela que, arbitrariamente, vê o aluno por um só prisma, mas o vê como um ser único e completo, em todas as suas facetas e façanhas, em todas as suas competências e habilidades.
Não é aquela que utiliza o erro para punir, mas para avançar e faz deste erro um degrau para a aprendizagem.
A escola dos sonhos remunera bem e oferece condições para que seus educadores se atualizem e conheçam outros horizontes.
A escola dos sonhos abre portas para os alunos e seus mestres enxergarem os horizontes e o que tem por detrás deles.
A escola dos sonhos encoraja, questiona, instiga, faz pensar, ser e acontecer.
Na escola dos sonhos, professores não ensinam, aprendem a aprender e auxiliam no aprendizado.
Na escola dos sonhos, o aluno acredita que está aprendendo, quando na verdade, está ensinando.

Por: Daniele Júlia N.da Costa

A Arte da escola para a vida


A Arte trabalhada na escola vem sendo repensada há algum tempo. Está muito longe do ideal de estudo da Arte o que temos visto e vivenciado nas escolas brasileiras.
Esta área deve ser tratada com maior seriedade, muito mais do que entregar folhinhas com desenhos e fazer cartonagens com os alunos nas datas cívicas e comemorativas, estudar a Arte implica em conhecê-la, aprendê-la e vivenciá-la, principalmente, para compreendendo-a podermos levá-la para a vida, pelo resto da vida.
Acredito que Arte quando aplicada, estudada e trabalhada de forma consciente e coerente, pode levar o aluno a uma, denominada por mim, em estudo que realizei, MEDRANÇA INTEGRAL.
A “MI” é um “florescer” do ser humano para a vida, é desabrochar em todos os campos e sentidos. E através da Arte isso torna-se possível.
Ao conhecer e compreender a Arte a partir da vivência dela o aluno a incorpora e a transfere para todos os campos da vida.
Mas, para tanto, o professor precisa conhecer e compreender a Arte como fundamental para o desenvolvimento integral do aluno. Sabemos que hoje ainda não há uma formação condizente nem continuada, nem inicial que favoreça este ”florescer”. É fundamental um olhar mais apurado e direcionado, na busca pela sensibilização e direcionamento do olhar de alunos, hoje, adultos, no futuro. Mas, mais fundamental ainda é a sensibilização do olhar do professor para a Arte a ser aplicada em nossas salas de aula. Contudo, não é culpa dele não conhecer e saber fazer Arte. Muito mais culpa é das instituições educacionais de formação profissional que não dão o suporte que estes necessitam.

Por: Daniele Júlia N. da Costa

PROFISSÃO: PROFESSOR


Um dia esta profissão foi considerada um privilégio.
Conta uma amiga minha, das antigas, que se combinava bolsa, sapato, roupas e jóias. Que ela separava metade do salário para comprar um carro, por exemplo. É, bons tempos!!!!
Professor um dia foi uma posição de status, respeito.
Hoje, um desafio, muitos professores ainda apostam todas suas fichas na educação, no aluno, tudo por amor, incondicional, muitas vezes, pela profissão. Outros desiludiram-se.
Hoje, o professor não conta mais com um salário tão digno,pelo contrário, muitos têm que trabalhar os 3 períodos para obter um mínimo de dignidade, sustentar a família, concluir os estudos, ter um pouco de conforto.
Dificuldades diversas encontram nas salas de aula: alunos rebeldes, violentos, desmotivados, problemas emocionais, sociais, entre tantas outras.
Há ainda o problema salarial, observando-se e comparando salários de Mestres e Doutores com o salário do professor da educação Infantil e Séries iniciais nota-se a pouca valorização que se dá aos que iniciam as crianças num mundo de descobertas, de formação e desenvolvimento. Eles são os responsáveis por fazer esses pequeninos desabrocharem. Despendem horas em planejamentos de aulas e atividades lúdicas e que enriquecem o mundo dos alunos, direcionando-os ao aprendizado, planejando para que alcancem cada vez maiores degraus de desenvolvimento motor, psíquico, afetivo, cognitivo, integral e globalmente. Nada mais justo, então, que ganhar melhor para se preparar melhor. Em diversos países desenvolvidos é assim, é o inverso do Brasil, os salários maiores são dos professores desta faixa etária.
Mas o professor de verdade, se doa, se aperfeiçoa, se arrisca, se apaixona e faz apaixonar, mesmo não sendo valorizado a altura.
A profissão de professor, não é a ideal para quem almeja grandes realizações materiais, mas muito mais que isto, é para quem almeja realizações da alma, da transformação, pois só através da Educação transformaremos o Brasil e o mundo.
Enquanto o professor continuar a ser desvalorizado, humilhado e considerado baderneiro e agitador por lutar pelos seus direitos, ele continuará a ser um profissional desmotivado, infeliz, onde alguns, muitos até, continuarão dando o sangue, muitas vezes literalmente, ao serem espancados em algumas comunidades escolares, sem poder reagir.
Se educa Brasil!!!!!!!!!!!!

Por: Daniele Júlia N. da Costa